Assessor de investimentos vs. Consultor de investimentos: Guia de Remuneração

As carreiras de assessoria e consultoria de investimentos são uma das mais promissoras no mercado financeiro, especialmente em tempos de digitalização e crescimento do interesse dos brasileiros por investimentos. Porém, você já parou para pensar como esses profissionais são remunerados? A resposta para essa pergunta pode ser mais complexa do que parece, pois a remuneração pode variar bastante dependendo do modelo adotado.

Neste artigo, vou falar sobre os dois modelos de remuneração comuns no mercado: o modelo de comissão e o modelo de taxa fixa (FEE fixo). Também vou falar como esses modelos se aplicam tanto para os consultores de investimentos quanto para os assessores de investimentos.

Quem são os consultores e assessores de investimentos?

Os consultores de investimentos e os assessores de investimentos são profissionais que auxiliam investidores a tomar as melhores decisões financeiras. Embora os termos sejam frequentemente usados de forma intercambiável, há algumas diferenças importantes entre esses dois papéis.

Os assessores de investimentos geralmente trabalham com uma corretora ou plataforma de investimentos, indicando produtos e auxiliando clientes com base em suas metas e tolerância ao risco.

Os consultores de investimentos, por outro lado, oferecem um serviço mais personalizado, analisando a situação financeira completa de um cliente e criando uma estratégia de investimento personalizada.

Ambos os papéis são regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e requerem certificações específicas para exercer a profissão.

Modelo de comissão

O modelo de comissão é o mais difundido no Brasil. Nesse modelo, os assessores de investimentos são remunerados com base nos produtos que recomendam aos seus clientes. A remuneração vem na forma de uma comissão, que é uma porcentagem das taxas cobradas pelos produtos de investimento.

Por exemplo, se um assessor de investimentos recomendar um fundo de investimento com uma taxa de administração de 2%, uma parte dessa taxa será destinada à remuneração do assessor.

A comissão pode variar bastante dependendo do produto de investimento. Alguns produtos, como fundos de investimento, podem oferecer comissões menores, enquanto outros, como títulos de renda fixa, podem ter comissões maiores.

Modelo de taxa fixa (FEE fixo)

O modelo de taxa fixa, também conhecido como FEE fixo, é uma alternativa ao modelo de comissão. Nesse modelo, o assessor ou o consultor de investimentos é remunerado com base em uma porcentagem do patrimônio total do cliente sob sua custódia, independentemente dos produtos que são alocados.

Por exemplo, se um assessor de investimentos está gerenciando R$1 milhão para um cliente e a taxa fixa é de 1% ao ano, o assessor/consultor receberia R$10 mil por ano, independentemente dos produtos de investimento selecionados.

Esse modelo de remuneração é mais comum nos Estados Unidos e começou a ser adotado no Brasil em 2020. Ele oferece um alto nível de transparência, pois o cliente sabe exatamente quanto está pagando ao assessor.

Como os modelos de remuneração se aplicam aos consultores de investimentos?

Os consultores de investimentos geralmente trabalham com o modelo de taxa fixa. Isso ocorre porque eles oferecem um serviço mais personalizado e aprofundado, que vai além da simples recomendação de produtos de investimento.

No entanto, é importante notar que nem todos os consultores de investimentos cobram uma taxa fixa. Alguns podem optar por cobrar uma taxa horária ou uma taxa por projeto, dependendo da natureza do serviço prestado.

Como os modelos de remuneração se aplicam aos assessores de investimentos?

Os assessores de investimentos podem trabalhar tanto com o modelo de comissão quanto com o modelo de taxa fixa, dependendo da corretora ou plataforma de investimentos com a qual estão associados.

Por exemplo, na XP Investimentos, os assessores têm a opção de trabalhar com o modelo de comissão tradicional ou o modelo de taxa fixa. No modelo de comissão, a XP é responsável por repassar ao assessor uma parte das receitas de corretagem, taxas de administração de fundos, entre outras. No modelo de taxa fixa, o assessor e o cliente assinam um contrato definindo uma taxa única que pode variar entre 0,6% a 1% ao ano.

A escolha entre o modelo de comissão e o modelo de taxa fixa normalmente é feita com base no perfil do cliente e na estratégia de investimento recomendada pelo assessor.

A maioria dos assessores de investimentos recebem comissões por produtos de investimento que recomendam. Isso pode criar um conflito de interesses, pois o assessor pode ser incentivado a recomendar produtos que oferecem comissões mais altas.

Como escolher o melhor modelo de remuneração?

A escolha entre o modelo de comissão e o modelo de taxa fixa depende de vários fatores, incluindo o perfil do investidor, a estratégia de investimento e a natureza da relação entre o cliente e o assessor ou consultor.

No modelo de comissão, o custo para o cliente tende a ser menor para aqueles que fazem menos movimentações durante o ano. No entanto, esse modelo pode criar um conflito de interesses, pois o assessor pode ser incentivado a recomendar produtos que oferecem comissões mais altas.

No modelo de taxa fixa, o cliente tem a garantia de que os interesses do assessor ou do consultor estão alinhados com os seus, pois a remuneração do assessor depende do crescimento do patrimônio do cliente. No entanto, esse modelo pode ser mais caro para clientes que fazem menos movimentações durante o ano.

Portanto, é importante que os clientes discutam as opções de remuneração com seus assessores ou consultores e escolham o modelo que melhor atenda às suas necessidades e objetivos financeiros.

Qual a média salarial de um consultor de investimentos?

A média salarial de um consultor de investimentos no Brasil é de cerca de R$ 5.000,00 por mês. No entanto, essa remuneração pode variar bastante dependendo do número de clientes que o consultor atende e do patrimônio total sob sua gestão.

Além disso, a remuneração de um consultor de investimentos pode ser expressa de várias maneiras. Por exemplo, eles podem receber uma remuneração fixa mensal para assessoria de longo prazo, uma porcentagem fixa sobre os ganhos do cliente ou uma taxa de performance que varia de acordo com o desempenho dos investimentos do cliente.

Qual a média salarial de um assessor de investimentos?

A média salarial de um assessor de investimentos pode variar bastante dependendo do modelo de remuneração adotado e do patrimônio total sob sua custódia.

No modelo de comissão, a remuneração do assessor depende dos produtos que ele recomenda aos seus clientes e das taxas cobradas por esses produtos.

No modelo de taxa fixa, a remuneração do assessor é baseada em uma porcentagem do patrimônio total do cliente sob sua custódia. Portanto, quanto maior o patrimônio do cliente, maior será a remuneração do assessor.

Como se tornar um consultor ou assessor de investimentos?

Para se tornar um consultor ou assessor de investimentos, é necessário obter a certificação apropriada da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, é altamente recomendável ter um diploma em um campo relacionado, como Economia, Administração ou Ciências Contábeis.

Além disso, tanto os consultores quanto os assessores de investimentos devem se manter atualizados sobre as tendências e mudanças no mercado financeiro. Isso pode ser feito através de cursos de desenvolvimento profissional, leitura de publicações da indústria e participação em seminários e eventos.

Conclusão

A remuneração dos consultores e assessores de investimentos pode variar bastante dependendo do modelo adotado e do patrimônio total sob gestão. Ambos os modelos de remuneração têm suas vantagens e desvantagens, e a escolha entre eles deve ser feita com base no perfil do cliente e na estratégia de investimento recomendada pelo assessor ou consultor.

Seja qual for o modelo de remuneração escolhido, é importante que os clientes tenham uma compreensão clara de como seus consultores ou assessores são remunerados. Isso ajudará a garantir uma relação transparente e mutuamente benéfica entre o cliente e o profissional.

Lembre-se, o caminho para uma carreira de sucesso no mercado financeiro começa com a educação. Se você está considerando uma transição de carreira para se tornar um consultor ou assessor de investimentos, a primeira etapa é obter a formação e a certificação adequadas.

E então, pronto para começar sua jornada no mercado financeiro?

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